sexta-feira, 4 de maio de 2018

Ago 2010 Conto

Era quase uma dessas noites de sábado qualquer.

Os amigos reunidos numa mesa de bar pra tomar umas geladas e jogar conversa fora. Era quase uma dessas noites em que ficamos procurando o que fazer pra não passar o sábado em casa. Era quase uma dessas noites se não fosse o quase...


O que mudou uma dessas noites fora um convite. Aquele convite sempre esperado. E numa dessas noites que poderiam ser de um sábado qualquer foi O Sábado!! E foi num desses sábados que tudo foi diferente!!! 


Tudo começou na mesa de bar, com muita conversa e risada regada de um bom chopp gelado. Onde todos estavam entretidos naquelas discussões de mesa de bar. E num piscar de olhos, era como se tudo fosse sonho...tudo parecia demasiado perfeito. O que primeiro chamou atenção foi o aroma que chegou e penetrou de tal forma que parecia tocar a alma e invadir o coração. Naquele exato instante não havia mais músicas, conversas ou cheiro de cigarro no ar. Era apenas aquele aroma inebriante que tomava conta da imaginação. E como todo  Ser, que ficar no olfato não basta, procurou atentamente a quem pertencia aquele cheiro. Feito animal no cio, farejou com seus instintos...E logo estava ali a sua frente, o que parecia impossível de acontecer. Foi quando os olhares se cruzaram numa intensidade tamanha, que o mundo pareceu parar. Naquele instante não foi possível precisar quem dera o primeiro passo, tomara a primeira atitude. A única coisa possível de  identificar fora a afinidade recíproca. E entre olhares e sorrisos houve a aproximação e o ínicio daquilo que parecia ser impossível de acontecer. Começaram a conversar...não era possível saber quem tinha mais interesse em quem. Várias perguntas, muitas respostas e curiosidade. Curiosidade e interesse era o que pairava naquela conversa. Até que chegou o convite. Um convite inusitado, porém irrecusável. Um passeio pra dentro da selva, onde subiriam um morro do qual poderiam avistar a cidade. No mesmo instante sem pestanejar aceitou.


Era possível ver que aquele que havia aceitado o convite, sentira um certo medo. O medo de dar passos pelo desconhecido caminho misturado com o entusiasmo e coragem para encarar o novo e misterioso futuro. Aquele que fez o convite percebeu que havia um certo medo no ar. E como que num instinto protetor segurou as mãos do outro, olhou-o nos olhos e disse: vem!! Aquele jeito de olhar, juntamente com as mão dadas e a firmeza no dizer transmitiram a segurança que o outro precisava sentir...

E lá começaram  a caminhada. Entre sorrisos, conversas e uma singular sensação de prazer.  A sublime sensação de paz e felicidade era visível em ambos. Chegaram ao topo. A visão das luzes da cidade ao fundo era encantadora. Mas não eram aquelas luzes que encantavam aquela cena. Era a presença daqueles dois num astral inenarrável!! O mundo que havia lá embaixo fora esquecido. O tempo era uma coisa inexistente. Apenas o que importava era aquele momento, onde não havia espaço para as palavras. Porque qualquer palavra que fosse dita apenas limitaria a sensação que estavam vivendo. Naquele instante o mundo pareceu parar. E  compartilhavam aquele instante mágico como se fosse o único e último. Mas sabiam que seria o primeiro de muitos, mas não exitaram em aproveitar. Abraçaram-se, beijavam-se e se acariciavam com uma volúpia que dava gosto de se ver . Via-se ali dois seres sedentos de prazer, desejo e entrega total. Sem muitos rodeios foram se despindo e espalhando  suas roupas pelo chão e seus corpos nus tão juntos, que não dava pra ver onde começava um e terminava o outro. Os corpos grudados, suados, numa mistura de desejo, tesão, amor. Uma singular vivacidade copular.  Esqueceram do perigo dos bichos da selva, dos mosquitos, nem se quer ouviram os barulhos dos animais noturnos ou repararam no céu e suas estrelas, se quer avistaram as luzes da cidade.  E ali chegaram ao clímax. O primeiro. Depois de alguns minutos tudo voltou a existir. Todos os cinco sentidos que antes estavam só um para o outro. Voltaram a ficar conectado ao mundo. Puderam ver as estrelas, sentiram a brisa batendo em seus corpos nus, repararam na beleza que eram as luzes da cidade.

Um olhava o outro com olhos de contemplação, amor e desejo. Sorrisos de contentamento eram trocados. E entre uma conversa e outra os primeiros raios de sol começaram a aparecer...


By Shinovisk 


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